A Dieta Low Carb tem trazido resultados bastante satisfatórios para o emagrecimento. Mais do que uma dieta, ela tem sido adotada como uma estratégia nutricional.

A busca por um corpo perfeito tem levado homens e mulheres, em especial os mais jovens, a cometerem verdadeiras loucuras no que se refere à alimentação. Cada dia que passa uma nova dieta vem à tona prometendo resultados muitas vezes duvidosos.

Porém, apesar de parecer ser algo recente, essa dieta tem sido utilizada desde o século dezenove para o tratamento da obesidade. Diversos ensaios clínicos têm sido realizados a fim de comprovar a sua eficácia e segurança no processo de emagrecimento. Saiba mais AQUI.

A expressão “Low Carb” indica uma baixa quantidade de carboidratos. Diferentemente da dieta conhecida como cetogênica, na qual se tem uma drástica eliminação do consumo de carboidratos da dieta, substituindo-os por proteínas e gorduras, a low carb baseia-se na diminuição do consumo destes elementos, substituindo-os por vegetais, frutas, oleaginosas, gordura natural de alimentos, carnes, ovos, azeite de oliva, dentre outros. Tem sido utilizada amplamente pelas pessoas no intuito de emagrecer. Escute o podcast ao final desse post.

O que são carboidratos?

São compostos sintetizados pelas plantas a partir da fotossíntese, sendo formados basicamente por C (carbono), H (hidrogênio) e O (oxigênio).

Os carboidratos correspondem a cerca de 50 a 55% das calorias ingeridas pelo indivíduo, estando estes macronutrientes presentes nos seguintes alimentos:

• Pães;
• Arroz;
• Macarrão;
• Mandioca;
• Milho;
• Batata;
• Batata doce;
• Doces em geral.

Uma alimentação rica em carboidratos pode levar a sérios danos à saúde tais como:

• Obesidade;
• Diabetes;
• Hipertensão arterial.

Entretanto, a ingestão de carboidratos é imprescindível para o bom funcionamento do organismo. Inclusive, os carboidratos são necessários para a queima de gordura corporal. Sendo assim, eles devem sim ser ingeridos, porém em quantidades adequadas.

Como funciona a dieta low carb?

Esta dieta baseia-se na redução do consumo de alimentos ricos deste macronutriente, para quantidades entre 15% e 30% da composição calórica diária de carboidrato ingerida pelo indivíduo. Normalmente essa proporção, em uma alimentação considerada normal, varia de 50% a 55% de calorias diárias provenientes de carboidratos.

Basicamente, tal dieta foca no consumo de vegetais em abundância, gordura natural dos alimentos, além de peixes, aves, carnes e laticínios, restringindo-se alimentos extremamente processados, açúcar, guloseimas e farináceos.

Com o início da redução da ingestão de carboidratos, a adaptação corporal à nova dieta leva aproximadamente 8 semanas. Segundo a nutricionista Lara Nesteruk, durante e após esse período inicial o organismo passa a utilizar a gordura corporal como sua fonte principal de energia, e, desta maneira, a pessoa começa a emagrecer.

O Conselho Federal de Nutricionistas tem ressaltado os benefícios dessa dieta, que pode proporcionar um emagrecimento saudável quando bem feita, sendo o acompanhamento nutricional individualizado fundamental para o processo.

Quando realizada da maneira correta é possível obter excelentes resultados, principalmente quando combinada com a prática de atividades físicas regulares. É uma dieta considerada segura por muitos especialistas.

Para auxiliar na realização desta dieta, existe uma lista exemplificativa de alimentos cujo consumo deve ser incentivado e de outros alimentos que devem ser evitados. Confira.

Exemplos de alguns alimentos que compõem a base da dieta.

• Carnes vermelhas
• Carne suína
• Carne de frango
• Peixes;
• Frutos do mar em geral;
• Agrião;
• Abobrinha;
• Acelga;
• Azeite;
• Azeitona;
• Alface;
• Café (sem açúcar);
• Castanhas;
• Nozes;
• Grão de bico
• Rúcula;
• Berinjela;
• Brócolis;
• Ovos;
• Chás diversos (sem açúcar);
• Tomate;
• Repolho;
• Couve-flor;
• Pimentão;
• Chuchu;
• Pepino;
• Vinagre;
• Abacate
• Frutas Vermelhas
• Água.

Exemplos de alguns alimentos que são diminuídos ou restringidos durante a dieta.

• Pães;
• Batata;
• Arroz;
• Massas;
• Bolos;
• Doces em geral;
• Refrigerante;
• Cerveja
• Algumas frutas
• Alimentos processados

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Benefícios da dieta Low Carb

Além de propiciar a redução de peso, outros 6 benefícios podem ser obtidos a partir desta dieta. Veja a seguir quais são eles.

• Redução da fome: a digestão dos carboidratos ocorre de maneira mais rápida do que a digestão das proteínas e gorduras, por este motivo, quando o carboidrato é substituído pelos outros dois macronutrientes, eles dão maior sensação de saciedade, e por este motivo, sentimos menos fome. E sabe-se que a fome é o principal fator que faz com que muitas pessoas abandonem as dietas.
• Maior perda de peso: isto ocorre porque quando não ingerimos carboidrato, o nosso organismo tende a queimar a gordura corporal acumulada a fim de obter energia para o seu funcionamento.
• Redução da pressão arterial: essa redução está relacionada à perda de peso resultado da realização da dieta.
• Diminuição dos triglicerídeos: os triglicerídeos são moléculas de gordura que tem como combustível o carboidrato, quando se diminui a ingestão de carboidratos, diminui-se também a quantidade de triglicerídeos na corrente sanguínea.
• Redução dos níveis de insulina no sangue: a insulina é um hormônio que informa quando é necessário enviar glicose para dentro das células, a fim de manter o índice glicêmico sobre controle e é responsável pela transformação da glicose em energia ou em seu armazenamento como reserva (gordura). Quando se diminui a quantidade de ingestão de carboidratos, reduz-se a quantidade de insulina secretada pelo organismo.
• Melhora o padrão de colesterol LDL (colesterol ruim) e aumenta o HDL: esta melhora ocorre devido à baixa ingestão de carboidratos que transformam moléculas de LDL de baixa densidade, nocivas à saúde, em moléculas de alta densidade. A ingestão de gorduras saudáveis (oleaginosas e azeite, por exemplo) contribui também para o aumento do HDL.

Indicações da Low Carb

As indicações dependem de uma análise individual logicamente, após a devida orientação médica ou nutricional. Atualmente a low carb tem sido bastante indicada para:

• Perda de peso;
• Tratamento de diabetes;
• Esteatose;
• Síndrome do ovário policístico (SOP);
• Síndrome metabólica;
• Resistência à insulina.

Contraindicações

Especialistas em Nutrição têm alertado para a sua não realização em crianças, adolescentes, gestantes e idosos, principalmente.

Em geral, para crianças em fase de crescimento e adolescentes não se recomenda a prática de dietas restritivas, devendo a reeducação alimentar ser o foco da orientação nutricional. Porém, em casos específicos, por exemplo, crianças em que ocorram crises epilépticas, tem ocorrido a sua recomendação.

Já para as gestantes é indicado que haja um acompanhamento de controle do peso, para que o ganho não seja exagerado, pois não se deve focar na perda de peso, tendo em vista as necessidades específicas que o seu corpo exige nesse momento. Ou seja, não seria o momento ideal para se iniciar uma dieta desse tipo.

Para idosos o acompanhamento precisa ser ainda mais rigoroso. Há momentos em que nesse tipo de dieta ocorre a perda de massa magra, o que poderia comprometer a resposta do organismo a agentes infeciosos. Diante disso, seria necessário que houvesse um bom planejamento da dieta, pois nessa fase da vida já existe um certo comprometimento da musculatura corporal.

Porém, apesar das razões apresentadas por esses especialistas, cabe ressaltar que o entendimento não é unânime. Os médicos e nutricionistas defensores do Low Carb salientam que essa dieta, por se basear em verduras, legumes, frutas, oleaginosas, carnes, ovos não deixaria nada a desejar e permitiriam uma alimentação extremamente saudável, ainda que com uma redução na quantidade de carboidratos ingeridos.

Então a Low Carb funciona?

Como mencionado anteriormente, esta dieta é indicada quando se deseja perder uma determinada quantidade de gordura corporal rapidamente, desde que seja realizada de maneira correta.

Quando finalmente chega-se ao peso desejado, a reintrodução dos carboidratos na alimentação deverá ocorrer de maneira gradual, e isto ocorrerá naturalmente, visto que o seu corpo irá estar acostumado com o novo cardápio.

Outra maneira eficaz e saudável para se emagrecer continua sendo a reeducação alimentar aliada à prática de exercícios físicos regulares (Confira nosso outro post sobre treinamento funcional. ).

No entanto, muitos desistem ou desanimam de emagrecer desta forma devido à demora em se obter resultados, diferentemente da dieta Low Carb.

Vale ressaltar também que antes de iniciar qualquer dieta é importante buscar ajuda profissional de um nutricionista ou um médico endocrinologista que saberá indicar a dieta ideal, especificando as quantidades de cada macro e micronutriente conforme a sua necessidade e seus os objetivos, bem como esclarecer suas dúvidas e questionamentos sobre o assunto.

Além disso, os efeitos da dieta low carb variam conforme cada indivíduo e a resposta do organismo será diferente para cada pessoa, sendo necessário analisar caso a caso.

Um portal bastante esclarecedor no que se refere à alimentação Low Carb é a Tribo Forte. Diversos podcasts (áudios) entre Rodrigo Polesso e o médico Dr. Souto discutem o tema com base em evidências científicas.

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Ouça aqui um dos podcasts.